quarta-feira, 9 de junho de 2010

Estudo dirigido para Ap2 de Educação e Trabalho

Estudo dirigido para Ap2 de Educação e Trabalho

RESUMO A PARTIR DO TEXTO:
O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO DO ENSINO José Luiz Zanella

Comenius (Reforma Protestante) em sua proposta de organização da escola – pública e acessível a todos – universal apresenta, atendendo a necessidade de redução de custos, como instrumento básico de organização da escola e do ensino o manual didático.: Onde o mesmo seria o centro do processo educativo; o manual estreitou os limites do saber exigido do professor (desqualificando-o profissionalmente), mas veio acompanhado de um viés de qualificação no sentido de especialização; com este material o professor apenas deveria executar o que os especialistas indicavam; a sala de aula começou a ser tratada como um espaço cujo domínio se deslocava do professor para o manual didático, o que se verificou foi uma desqualificação do trabalho do professor; os alunos deveriam limitar seus estudos aos manuais didáticos.

José Luiz Zanella, em o capital produziu o professor pesquisador e o ensino reflexivo, no contexto mundial, a partir de 1960, na Inglaterra e nos EUA, do qual o ponto de partida para o ensino reflexivo era a crise da escolarização e do ensino na sociedade ocidental…

No séc. XVI a distribuição de papéis ( a oficina de Arte como lugar de prática fundamentada no adestramento para certas produções e a a academia como escola de enriquecimento cultural e profissional) confrontam-se dois mundos distintos: de um lado as Corporações e, de outro, as Academias, que acabaram tendo forte influência nos currículos das universidades. Com o tempo, as academias ficaram mais restritas aos artistas e os colégios e as universidades destinavam-se á formação de profissionais intelectuais. Esta competição enfraqueceu as Corporações em função do surgimento do livro impresso, que agravou a situação das corporações, pois elas não usavam ou não pressupunham aprendizagem formal através de livros impressos, mas ficavam na tradição pedagógica do fazer fazendo somente.

Quanto ao conceito de docência e à tarefa do pedagogo podemos dizer que: Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor de educação; Participar na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino; Produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do compo educacional, em contextos escolares e não escolares.

Quanto as situações sobre gênero, sexualidade e raça, segundo Rohden, é possível afirmar que não há como identificar um momento adequado para tratar desses temas já que os valores e as representações sociais sobre gênero, orientação sexual e raça/etnia são transmitidos desde a mais tenra idade.

As corporações no séc. XIV e XV proporcionaram um avanço na formação dos artesão. Embora o ensino não estivesse isento das influências daqueles que possuíssem mais riqueza e, portanto, fosse reduzido a um número pequeno de pessoas, aqueles que se formavam nas corporações eram mestres na verdadeira acepção da palavra. Assim, os mestre-artesãos detinham o controle sobre a produção, por que eram os proprietários dos instrumentos de trabalho, da matéria prima e, sobretudo, detinham o controle do conhecimento sobre o fazer. Essa realidade começa a se alterar com a hegemonia dos mercadores burgueses. Nos seus começos, a manufatura quase não se distingue, do ponto de vista do modo de produção, do artesanato das corporações, a não ser através do número maior de trabalhadores simultaneamente ocupados pelo mesmo capital. Amplia-se apenas a oficina do mestre artesão.
Resumo das ideias principais do texto de Zanella: “Da manufatura à fábrica: em busca da escola para todos.


Alves, citado por Zanella, identifica três vertentes do pensamento burguês que permitem captar de forma mais universal a gênese da produção da escola pública: a vertente revolucionária, a vertente econômica clássica e a vertente religiosa da Reforma. Antes da universalização da escola pública, a escola era um concessão do príncipe para a formação do súdito. Era uma escola sem identidade, descaracterizada e de pouca consistência pedagógica. A partir da época moderna, pode-se distinguir quatro fases da educação pública: A educação pública religiosa, século XVI, com objetivo de formação do cristão numa perspectiva secular; A educação pública estatal, século XVIII, que visava a formação do súdito e tinha um caráter militar e autoritário; A educação pública nacional, século XIX, com objetivo de formação do cidadão cívico de caráter popular de educação primária; E por fim, a educação pública democrática, século XX, com objetivo de formar o homem completo na perspectiva humanizadora.

Séc. XIV e XV: Corporações: Formavam artesãos através do aprender fazendo. A produção dependia da qualificação dos artesãos. A cooperação capitalista: trabalhadores atuando isoladamente executando todo o processo de produção. Possibilitou economia de tempo, instrumentos, trabalho e criação de uma força produtiva coletiva.

Condorcet: Escola pública limitada, escola primária, só estudaria quem tivesse tempo e não precisasse trabalhar invivializando a igualdade de oportunidades educacionais para todos.

Smith: Foco na formação do cidadão. Defendia uma escola pública mas não totalmente gratuita com ensino mínimo para os trabalhadores.

Comenius: Universalizar a escola com redução de custos através do manual didático – instrumento básico da organização da escola e do ensino.

Burguesia: Passa da escola única para dualista – destinada para a classe trabalhadora ( ensino profissional) e escola burguesa ( formação fundamentada nas artes liberais e nas ciências modernas).

Escolanovismo: universalizar a escola com formação humanizadora.

Aula 12 – Certamente esta escola pública do capital não interessa à classe trabalhadora. Se, por um lado, a burguesia no atual contexto histórico não se opõe ao acesso de universalização à escola, por outro, ela nega a escolarização na medida em que não oferece as condições objetivas e materiais para o acesso ao saber elaborado. Sendo assim, a questão da escola, na sociedade capitalista, é fundamentalmente uma questão da luta pelo saber e da articulação desse saber com os interesses da classe.

Aula 13 – Gomez define o pensamento de Elliot em três pontos intrinsecamente relacionados: 1) O caráter ético – político de toda atividade educativa; 2) Aprendizagem para a compreensão; 3) O professor como profissional autônomo que reflete sobre sua própria prática.

Pensamento reflexivo: 1°) situação problemática requer sugestões e clarificações; 2°) necessidade de intelectualização do problema; 3°) Observação e experiência a qual oferece dados fundamentais para estabelecerem hipóteses e probabilidades; 4°) reelaboração intelectual, onde se estabelece uma cadeia de raciocínios; 5°) consiste na verificação atendendo a sua adequação com os dados, tendo em vista a solução do problema.

Para Dewey, a ação reflexiva constitui-se a partir de três atitudes a serem cultivadas pelos professores: abertura de espírito, responsabilidade e sinceridade. Já para Zeichner, o ensino reflexivo consiste em: O professor reflexivo olha para a sua própria prática; A prática reflexiva deve ser “democrática e emancipatória”; e a reflexão compromissada com a prática social. Quanto à formação dos profissionais como reflexivos requer: a experiência de vida escolar do professor, sobre suas crenças, posições, valores, imagens e juízos pessoais; a formação do professor é um processo permanente que ocorre durante a carreira; O professor é o responsável pelo seu desenvolvimento.

Aula 17 – A fundamentação pedagógica do curso centra-se na integralidade do ser humano e sua capacidade e autonomia na integração dos campos do conhecimento. E o modelo de execução combinou o equilíbrio entre o estudo individual e a interação dos participantes nas atividades via internet. O curso tem os seguintes pressupostos: Diferenças de gênero, de orientação sexual, de raça/etnia; desenvolver uma postura crítica em relação aos processos de naturalização ou biologização; discriminações baseadas em raça/etnia, gênero e sexualidade; privilegiar ações que visem à transformação das mentalidades e das práticas sociais; a escola deve cumprir sua missão de formar pessoas dotadas de espírito crítico; propiciar que os alunos e as alunas compreendam as implicações éticas das diferentes posições em jogo e construam sua própria opinião nesse debate; a EAD é uma das modalidades de ensino capazes de potencializar o efeito multiplicador da ação educativa.

As Políticas de Inclusão social trabalham em torno de três eixos-chave: A redistribuição de renda; a emancipação social, política e econômica; e o apoio ao desenvolvimento local.

Estudo dirigido para Ap2 de Matemática

Resumo de Matemática

Matemática na educação 1. v. 2/ Andrea Carvalho Maciel Barbosa, Gabriela dos Santos Barbosa, Rosana de Oliveira, Stella Maria Peixoto de Azevedo Pedrosa, Ana Lúcia Vaz da Silva, Beatriz Heleno Magno, Luiz Pedro San Gil Jutuca, Maria Tereza Serrano Barbosa. - Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2009.


AULA 20 – ALGORITMOS DA MULTIPLICAÇÃO: O professor deve incentivar seus alunos através de brincadeiras e jogos, a construir seus próprios algoritmos e depois fazer o registro das etapas percorridas para chegar ao resultado de sua questão. Para a construção do algoritmo o aluno deve seguir um caminho no qual tenha experiências diversas : construção de tabelas em forma de adições sucessivas, compreensão das propriedades distributiva, associativa e comutativa, conhecimento das propriedades da multiplicação, para multiplicar um número por dez,cem ou mil e só acrescentar os zeros.Construindo seu próprio algoritmo , o ensino da matemática deve ter como objetivo explicito preparar o aluno para lidar com atividades praticas que envolvam aspectos quantitativos da realidade, podendo perceber que um problema pode ser resolvido de varias formas e que ele se sinta seguro para propor suas soluções pessoais e aprenda comunicar-se matematicamente.Orientações didáticas; a forma mais usual é considerar a multiplicação como a soma de parcelas iguais(raciocínio aditivo) porém esta não é a única forma, por meio de exploração de outras idéias o aluno constrói o raciocínio multiplicativo e pode propor diferentes caminhos para a solução. Todos os problemas devem ser propostos para os alunos em formas de ações, simulações de um contexto ou de brincadeira. Porém qualquer atividade deve vir acompanhada de pedido para apresentar soluções por meio de registro, a importância dessa atividade crescerá a medida em que o professor conseguir tirar dela indícios de como o aluno está pensando, para , por intervenções adequadas, poder ajudá-lo na construção do seu conhecimento, o uso da linguagem e simbologias associadas a um conceito favorece a sua construção por parte dos alunos, o registro não é só um meio de comunicação entre o professore o aluno mas um elemento fundamental no processo de conceitualização.AULA 21 – O USO DA CALCULADORA: SIM OU NÃO? A calculadora é um instrumento que pode contribuir para a melhoria do ensino na matemática podendo ser usado como instrumento motivador na realização de tarefas exploratórias e de investigação (PCN, de 1997).È considerado como um instrumento simples, podendo variar, em algum modelos, a disposição de teclas e a nomenclatura, composta de algarismos de 0 a 9, de quatro operações fundamentais, tecla on/CE. Na utilização de qualquer recurso didático, ocorre uma mudança de perspectiva, e,para que o aprendizado aconteça, o aluno deve transpor as características do material, no caso da calculadora, e compreender as ações realizadas nas atividades. É importante esclarecer que tirar o foco dos procedimentos não significa abrir mão de ensiná-los, mas de não considerar os algoritmos como essência da matemática. A necessidade e o hábito de fazer cálculos e estimativas levam a compreensão dos significados das operações fundamentais e a habilidade com os algoritmos. Por meio de atividades diversificadas, como conta com algoritmos e exploração de situações, pode-se melhorar a compreensão dos algoritmos e procedimentos, além de dar significado ao aprendizado de matemática.Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade de intuição, a capacidade de análise critica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação (PCN, de 1997-BRASIL. MEC,1997).AULA 22 – DIVISÃO:ALGORITMO. Apresentar problemas ligados a vivência dos alunos é de fundamental importância. O entendimento e de um algoritmo decorre de sua importância na resolução de um problema e da necessidade de aplicá-lo, quando não se é capaz de resolver a operação de cabeça. N a divisão existem dois conceitos principais: o de partilha e o de medida. É importante que o aluno compreenda o que está fazendo, e não decore o processo de forma mecânica. Para que o aluno de fato aprenda, ele precisa ter interesse na atividade e reconhecer o que esta fazendo, ou seja, compreender o porquê de cada passo realizado. UM algoritmo é um método, com orientações definidas, pra se realizar uma tarefa, mas sua aprendizagem não se limita a à memorização de uma seqüência de passos. È preciso reconhecer o que se está operando e compreender o porquê da ação. Cabe ao professo conciliar as soluções corretas que lhe foram apresentadas por seus alunos, por isso é importante que o aluno crie seu próprio algoritmo. A apresentação da situação problema cuja solução envolva os conceitos de medida ou partilha relacionados a uma divisão pode ser o mote para que os alunos proponham vários algoritmos para encontrar a solução. Os Métodos complexos: método de divisão (BOYER,1996), método de riscar ou método do galeão (BOYER,1996). Os processos mentais, devem ser apresentados aos alunos como um levantamento de possibilidades, de diferentes caminhos de ação que alcançam o mesmo resultado.Procedimentos de cálculos. Processo longo. O procedimento longo pra o cálculo do quociente vincula-se a idéia de repartir igualmente, reproduzindo exatamente o que uma criança faz quando deseja repartir uma determinada quantidade de objetos, a introdução desse método é feita através de subtrações sucessivas. Com o tempo e pela pratica os alunos perceberão que a distribuição de um em um pode ser extremamente demorada e se praticarem a estimativa, não terão dificuldades em realizar a divisão pelo processo longo. Processo abreviado. No processo abreviado procuramos o maior número possível para ser colocado no quociente, e assim, obtemos o resto menor que o divisor, pela vivencia de diferentes atividades os alunos descobrirão que ao se procurar o múltiplo do divisor que mais se aproxima do dividendo, o resto deverá ser sempre menor que o divisor, compreendendo as etapas não terá dificuldade em trabalhar com números maiores. A divisão é uma operação complexa que requer conhecimento de multiplicação, subtração e adição, assim a divisão deverá ser apresentada por meio de situações didáticas gradativas que despertem o interesse do aluno e lhe permitam aos fatos fundamentais da operação. Aula 23: MATERIAIS CONCRETOS. são aqueles em que é possível pegar, ver, sentir, porém dentro da perspectiva construtivista a aprendizagem se efetiva na relação entre sujeito e objeto, é preciso que o aluno possa manipulá-lo e além disso propostas de atividades desafiadoras devem ser apresentadas ao aluno junto com o material. Não existe material ideal: a decisão sobre a sua utilização deve levar em conta o conhecimento do professor a cerca de seus alunos e o seu conhecimento acerca das diferentes alternativas de que dispõe para o trabalho. O professor não pode subjugar sua metodologia de ensino a algum tipo de material, porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é válido por si só. Os matreriais e seu emprego sempre devem estar em segundo plano. A simples introdução de jogos e atividades na matemática não garante uma melhor aprendizagem desta disciplina (FIORENTINI; MIORIM, 1993) .Materiais estruturados e não estruturados. Os materiais estruturados são aqueles que foram pensados e idealizados para se trabalhar conceitos e conteúdos predeterminados: o material dourado e as réguas de Cuisinaire são exemplos de materiais estruturados. Os materiais não estruturados são aqueles que não foram criados para esse fim, mas de fazemos uso didático. Canudos, palitos, grãos, elásticos e copos são exemplos de materiais não estruturados. Materiais que contribuem para a construção do conceito de número: qualquer material que possa ser agrupado e classificado poderá ser utilizado em atividades que envolvem essas ações. As sucatas também favorecem a atividades dessa natureza. Por meio de diferentes embalagens trazidas pelos alunos, eles podem classificar por formas, tamanhos, tipos de material e até pelo tipo de produto que contêm. Blocos lógicos ao se trabalhar com blocos lógicos na construção do conceito de números dispomos de várias atividades que dispomos as peças de acordo com os atributos cor, tamanho, forma e espessura, questionando situações de classificação e agrupamentos. São matérias manipuláveis estruturados e de grande importância para trabalhar classificação e seriação nas séries iniciais. Possuem quatro atributos, cor, forma, espessura e tamanho. O atributo cor possui três valores amarelo, azul e vermelho. O atributo forma possui quatro valores: triângulo, quadrado, retângulo e circulo. O atributo espessura possui dois valores: fino e grosso. O atributo tamanho possui dois valores: pequeno e grande. Uma crítica é feita a esse material por ele tratar o conjunto dos quadrados e retângulos como disjuntos. Teoricamente é um erro, pois todo quadrado é um retângulo, assim, o conjunto dos quadrados é um subconjunto dos retângulos. Apesar disso defendemos seu uso, pois possibilita a exploração de varias atividades de classificação e seriação. Materiais que contribuem para a compreensão do sistema de numeração decimal e as operações: o material dourado de Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal, e dos métodos para efetuar as operações fundamentais. No ensino dito tradicional, as crianças acabam dominando os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem, com o material dourado as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado agradável. O material dourado faz parte do conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessouri. O professor pode trabalhar situações de : Reconhecimento do material, nunca 10, representação no sistema decimal, decomposição e operações. Os ábacos .neles os cálculos podem ser efetuados na base dez, os arames representam da direita para a esquerda, as unidades, as dezenas, as centenas etc. as contas situadas acima da barra horizontal valem cinco (unidades, dezenas,centenas...). Réguas de Cuisenaire esse material é composto por réguas de tamanho de 1 a 10, em cada tamanho está associado a uma cor, com elas podemos elaborar atividades sobre a construção do conceito número, comparação, operações e relações entre números e medidas. Jogos com operações: as atividades lúdicas favorecem o desenvolvimento de habilidades tais como a capacidade de pensar, raciocinar e resolver situações-problemas, levando o aluno a construir o conhecimento matemático e a desenvolver sua concentração, curiosidade, companheirismo e autoconfiança podendo trabalhar na construção de conceitos, mas na maioria atua na sistematização de determinado conteúdo.Ex jogos de memória e domino, jogo do zigue-zague. Materiais que contribuem pra desenvolver a visão geométrica: é fundamental desenvolver a visualização que é o primeiro nível de desenvolvimento do pensamento geométrico, existem diversos materiais em que podemos explorar essas características. EX. Origami. Existe uma diversidade de materiais, estruturados ou não, par o trabalho em sala de aula, cabe ao professor selecionar, elaborar pesquisar sobre as possibilidades década material, o valor esta nas tarefas que o aluno desenvolve e o material contribui para que ele crie ações mentais relevantes.
AULA 24 FORMANDO E FORMALIZANDO CONCEITOS:há etapas na formalização de um conceito matemático. Não é das primeiras experiências que envolvem o conceito que obteremos elementos suficiente par formalizá-lo com todo que encontramos no meio acadêmico rigor matemático. Um conceito esta associado a muitos outros, a várias representações e a situações diversas. A formação é um processo longo que se estabelece por vários anos de estudo e é necessário retornar-se em diferentes momentos da vida escolar. Como a formação e a formalização se influenciam, pois não é possível formalizar um conceito que não está minimamente formado nem é possível avançar na formação de um conceito sem tê-lo, de algum modo, formalizado, podemos dizer que a formalização também é um processo longo que deve ser iniciado desde os primeiros anos do ensino fundamental. Cabe ao professor ao final de cada atividade, incentivar a análise das situações, a observação, de regularidades, o levantamento e o teste de hipóteses e o registro das idéias construídas, assim, estará criando condições para que os alunos iniciem os processos de formação e formalização de conceitos.EX. existe uma série de conceitos envolvendo jogos é preciso refletir sobre o jogo: as estratégias empregadas, possíveis mudanças de regras e as suas conseqüências, identificar idéias relativas aos números que são válidas em outros contextos, registrar várias maneiras os números envolvidos.Em outras maneiras iniciar o processo de formalização dos conceitos e quando paralela a construção do conhecimento, pode organizá-lo melhor, complementando-o ou até reformulando-o. Para formar e formalizar os conceitos associados ao sistema de numeração decimal, é recomendável que os alunos tenham a experiência de troca com vários materiais, o professor deve propor questões que lhes permitam perceber o que não muda de uma situação vivida com um tipo de material para outra, com material diferente, o que chamamos de invariantes das situações. É fundamental que o professor incentive o registro das situações com várias linguagens, entre elas, a linguagem matemática. O levantamento dos invariantes das situações e o registro das idéias vivenciadas em cada uma em diferentes linguagens e estratégias pra a formação e a formalização de outros conceitos, não somente daqueles associados diretamente ao sistema de numeração decimal. No bloco de grandezas e medidas é sugerido que os alunos aprendam a medir outras grandezas como a massa do corpo, sua temperatura, o tempo, o volume de um sólido ou uma superfície. Embora distintas há aspectos conceituais sobre a ação de medir que não variam de uma para outra. A formação e formalização dos conceitos sugeridos em cada bloco não ocorrem de forma independente. AULA 25 TECNOLOGIAS: Para a educação,uma das maiores das contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação- as TIC- é o suporte que proporciona para o desenvolvimento de diferentes habilidades, além da análise, a comunicação, o uso da informação e a colaboração contribuem para a resolução de problemas, uma atividade fundamental para o processo de aprendizagem da matemática. A simples presença da tecnologia não garante qualquer resultado em sala de aula é necessário uma proposta pedagógica que possa ser efetivamente aplicada. A utilização da tecnologia na sala de aula só auxiliará o desenvolvimento de uma educação transformadora se for baseada em um conhecimento que permita ao professor interpretar,refletir dominar criticamente a tecnologia (SAMPAIO, 1996). Um exemplo é a calculadora que para alguns obstruiria o desenvolvimento do raciocínio, pra outros contribuiria para a compreensão dos conteúdos, a medida que liberaria o usuário do tédio dos cálculos.Utilizá-las é uma habilidade desejável e importante, sendo, para isso, essencial compreender lógico de cada operação e avaliar a ordem de grandeza de seus resultados.Para um problema precisamos compreende-lo par definir as operações necessárias para a sua resolução, isto a máquina não faz.. A avaliação da ordem das grandezas do resultado permite que se identifiquem, rapidamente, alguns erros de digitação. Não podemos deixar ao acaso o desenvolvimento de habilidades que já são claramente um fator de diferenciação cultural entre as classes sociais e que pode significar a diferença entre sociedades desenvolvidas e dependentes. Jogos eletrônicos muitos jogos desenvolvem etapas básicas para a resolução de problemas que consistem, segundo POLYA (1978); 1ª. Etapa: compreender o problema- estudar os dados do problema, 2ª etapa:elaborar um plano- planejar a execução do problema , 3ª. etapa executar o plano- colocar o planejamento em ação, 4ª etapa fazer a retrospectiva ou verificação- examinar a solução obtida.VIDEOS, DVDS E TELEVISÃO: SE FORMOS UTILIZA-LOS EM NOSSAS AULAS TEREMOS QUE PENSAR COM CUIDADO em que tipo de atividades eles podem contribuir. O COMPUTADOR, é uma m´quina que opera com informações, sendo assim o usuário precisa estabelecer uma forma de comunicação e par isso deve seguir regras específicas. Na educação são inúmeros os benefícios que podem ser proporcionados pelos computadores, tais como: auxilia no processo de construção do desenvolvimento, desenvolve autonomia do aluno, reduz o tempo necessário par realizar determinadas atividades, ser utilizado como fonte de informação e meio de comunicação potencializado pela internet. O papel do professor é o de elaborar atividades bem planejadas e acompanha o aluno durante a realização destas, mediando o processo. O professor deve ser o organizador, um consultor e principalmente um pesquisador. O computador pode ser usados na realização de atividades que permitam ao aluno experiências muito abrangentes, podemos assim promover situações onde o aluno classifique, induza, analise, sintetize e abstraia, o trabalho pode contribuir para que os alunos lidem melhor com a linguagem matemática, interpretando códigos, gráficos, lendo tabelas etc A utilização da internet pelos professores permite e contribui para a formação inicial e continuada, sendo necessários alguns cuidados devendo analisar a credibilidade do material.
AULA 26 A GEOMETRIA E SEU ENSINO: As noções geométricas são indispensáveis pra um bom convívio social, sendo útil na resolução de problemas do cotidiano doméstico e das profissões . São necessários para compreensão das notícias apresentadas nos vários cadernos de jornais, a interpretação de plantas de apartamentos á venda nos classificados requer conhecimentos sobre polígonos e estratégias para o calculo de suas áreas, analises de diversos gráficos muitos comuns para comunicar informações de economia precisamos da noção de ângulos e curvas, entre outras. A geometria e útil no dia a dia e nas profissões , oferecendo possibilidades de organização e representação do conhecimento de sua comunicação, o que seria suficiente pra justificar seu ensino desde as séries iniciais . Entretanto , ela também é útil pra a compreensão de outros conceitos matemáticos. Teremos também , a comparação, a representação e as operações com frações se envolvem com estreita relação com as idéias e equivalência de área. O s conceitos de número quadrado e raiz quadrada, por exemplo, ganham significado quando associados a área de quadrados cujo lado é um numero inteiro positivo. Os conceitos geométricos são úteis na compreensão de outros conceitos científicos, como da física, química, astronomia e geografia. Estudando geometria o aluno pode desenvolver sua percepção espacial esua capacidade de resolver problemas não necessariamente escolares. OS PCN para a área de matemática no ensino fundamental (1º e 2º ciclo ) propõem o ensino de quatro blocos de conteúdos: Números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento de informações. Os principais conceitos geométricos encontra,-se no bloco espaço e forma. O estudo desses conceitos pode favorecer a compreensão de idéias presentes em blocos e vice-versa. existem sólidos geométricos formados por super­fícies não-planas. O cilindro, o cone e a esfera são os mais conhecidos. Com relação à Geometria, os PCN apontam como objetivos no 1º ciclo:• Estabelecer pontos de referência para situar-se, posicionar-se e deslocar-se no espaço, bem como para identificar relações de posição entre objetos no espaço; interpretar e fornecer instruções, usando ter­minologia adequada.• Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, iden­tificando formas tridimensionais ou bidimensionais, em situações que envolvam descrições orais, construções e representações (p. 65-66).E listam os seguintes conteúdos:• Localização de pessoas ou objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e algumas indicações de posição.• Movimentação de pessoas ou objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e algumas indicações de direção e sentido.• Descrição da localização e movimentação de pessoas ou objetos no espaço, usando sua própria terminologia.• Dimensionamento de espaços, percebendo relações de tamanho e forma.• Interpretação e representação de posição e de movimentação no espaço a partir da análise de maquetes, esboços, croquis e itinerários.• Observação de formas geométricas presentes em elementos naturais e nos objetos criados pelo homem e de suas características: arredondadas ou não, simétricas ou não, etc.• Estabelecimento de comparações entre objetos do espaço físico e objetos geométricos - esféricos, cilíndricos, cônicos, cúbicos, piramidais, prismáticos - sem uso obrigatório de nomenclatura.• Percepção de semelhanças e diferenças entre cubos e quadrados, paralelepípedos e retângulos, pirâmides e triângulos, esferas e círculos..Já no 2º ciclo, os objetivos são:• Estabelecer pontos de referência para interpretar e representar a localização e movimentação de pessoas ou objetos, utilizando termi­nologia adequada para descrever posições.• Identificar características das figuras geométricas, perceben­do semelhanças e diferenças entre elas, por meio de composição e decomposição, simetrias, ampliações e reduções. (p. 81).E os conteúdos:• Descrição, interpretação e representação da posição de uma pessoa ou objeto no espaço, de diferentes pontos de vista.• Utilização de malhas ou redes para representar, no plano, a posição de uma pessoa ou objeto.• Descrição, interpretação e representação da movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço e construção de itinerários.• Representação do espaço por meio de maquetes.• Reconhecimento de semelhanças e diferenças entre corpos redondos, como a esfera, o cone, o cilindro e outros.• Reconhecimento de semelhanças e diferenças entre poliedros (como os prismas, as pirâmides e outros) e identificação de elementos como faces, vértices e arestas.• Composição e decomposição de figuras tridimensionais, iden­tificando diferentes possibilidades.• Identificação da simetria em figuras tridimensionais.• Exploração das planificações de algumas figuras tridimensionais.• Identificação de figuras poligonais e circulares nas superfícies planas das figuras tridimensionais.• Identificação de semelhanças e diferenças entre polígonos, usando critérios como número de lados, número de ângulos, eixos de simetria, etc.• Exploração de características de algumas figuras planas, tais como: rigidez triangular, paralelismo e perpendicularismo de lados, etc.• Composição e decomposição de figuras planas e identifica­ção de que qualquer polígono pode ser composto a partir de figuras triangulares.• Ampliação e redução de figuras planas pelo uso de malhas.• Percepção de elementos geométricos nas formas da natureza e nas criações artísticas.Entes geométricos Em Geometria, há três idéias intuitivas ou figuras geométricas básicas, que denominamos entes geométricos: o ponto, a reta e o plano. Os pontos formam todas as outras figuras. Retas e planos, por exem­plo, são conjuntos de pontos. Um ponto não possui dimensões e, para representá-los, fazemos a menor marca possível no papel. É impossível representar retas e planos num papel ou no quadro da sala de aula. Por esse motivo, quaisquer representações que fizermos num papel de uma reta ou de um plano corresponderão apenas a par­tes deles. Como eles crescem infinitamente, é impossível representá-los inteiramente.A identificação de pontos, retas e planos é feita usando-se, respectivamente, letras maiúsculas do nosso alfabeto, letras minúsculas do nosso alfabeto e letras minúsculas do alfabeto grego. Ponto, reta e plano são elementos abstratos criados para representar objetos do mundo real. Entretanto, nenhum objeto do mundo real é um ponto ou uma reta ou um plano; afinal todos os objetos do mundo real possuem três dimensões. Tratar objetos do mundo real como se fossem objetos abstratos desde os anos iniciais pode causar obstáculos para um processo de abstração e forma­lização futuros.Sólidos geométricos As figuras geométricas que estão contidas em um plano, isto é, que têm todos os seus pontos em um mesmo plano, são chamadas figuras geométricas planas. As que não estão contidas em um mesmo plano, isto é, aquelas que nem todos os pontos estão em um mesmo plano, são chamadas figuras geométricas espaciais. A maioria dos objetos e das construções que nos cercam são figu­ras geométricas espaciais. Elas possuem três dimensões: largura, altura e comprimento.os sólidos geométricos possuem faces. As faces são as regiões planas que limitam o sólido. O encontro de duas faces é um segmento de reta. Chamamos esse segmento de aresta do sólido. O encontro de três ou mais arestas resulta as formas geométricas podem ser caracterizadas não só pelos elementos da vida real a que se assemelham, mas também pelas propriedades a que satisfazem: presença ou não de regiões planas, presença ou não de regiões não-planas, tipos de faces que possuem (triangulares, retangulares etc.), número de arestas que partem de cada vértice. Outro aspecto que também pode ser levado em consideração para a caracterização dos sólidos geométricos são as várias perpectivas que podemos obter deles. A análise e o desenho das várias vistas de um objeto, entre elas as vistas laterais, frontais ou superior, conduzem-nos à apreensão de novas propriedades e, ao mesmo tempo, favorecem o desenvolvimento de nossa visão espacial como um todo. a planificação dos objetos, encontramos quadrados, retângulos, círculos e outras formas que, de acordo com a definição que apresentamos no início desse item, são figuras geométricas planas. Figuras planas Quando desenhamos a planificação de sólidos geométricos, dese­nhamos figuras planas. Outra maneira de fazer isso é apoiar os sólidos num papel e passar o lápis contornando sua base. As figuras que têm apenas segmentos de reta são polígonos. Por isso, para desenharmos polígonos é comum usarmos réguas ou esquadro. Para desenharmos circunferências, usamos compassos. A circunferência é uma linha curva simples e fechada formada por pontos que têm a seguinte propriedade: todos estão à mesma distância de um certo ponto que nomeamos centro. Essa distância é conhecida como o raio da circunferência. Para desenhá-la, colocamos a ponta-seca do compasso no ponto em que desejamos que seja seu centro e abrimos o compasso na distância que desejarmos que seja o raio. O círculo é a junção da circunferência com seu interior. Um polígono também possui vértices, ângulos internos e externos e diagonais. O encontro de dois lados ocorre num ponto que nomeamos vértice. O segmento de reta que une dois vértices não consecutivos é cha­mado de diagonal. Os ângulos internos são os ângulos formados por dois lados consecutivos. Os ângulos externos são os ângulos formados por um lado do polígono e o prolongamento do lado a ele consecutivo. Como ensinar?Para ensinar um assunto de Matemática, o professor precisa ter à sua disposição uma variedade de materiais que favoreçam a observação pelos alunos das regularidades e propriedades a ele relacionadas. Precisa também fazer um levantamento do vocabulário e dos conhecimentos prévios que os alunos possuem. No caso dos conceitos geométricos, tais necessidades não são diferentes. Na atividade a seguir, você poderá fazer um levantamento sobre materiais favoráveis ao ensino de Geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental.Não basta, entretanto, dispormos de um vasto kit de Geometria, se não criarmos condições para que as crianças os utilizem. Elas precisam vê-los, mas também precisam agir com eles. Como avaliar? A avaliação da aprendizagem de conceitos geométricos, assim como a avaliação da aprendizagem de qualquer assunto, deve ser proces­sual, não pode ser feita em apenas um dia com hora marcada. Para avaliar o professor deve dispor de recursos variados que lhe permitam perceber se os seus objetivos, claramente definidos, estão sendo atingidos.AULA 27 JOGOS MATEMÁTICOS podem ser usados como recurso didático os diversos jogos exigem a utilização de conhecimentos matemáticos, sendo, por isso, importantes recursos pedagógicos. Um cuidado metodológico fundamental e ter pre­viamente ao uso de qualquer jogo ou material pedagógico é estudá-lo e utilizá-lo antes de trabalhar com ele em sala de aula. Uma análise cuidadosa permitirá que reflita sobre a sua utilização e as eventuais dificuldades que poderá representar para seus alunos. Também é funda­mental verificar se ele está de acordo com o conteúdo em estudo e com o estágio da turma. Se for muito difícil ou fácil demais, não despertará o interesse dos alunos.O professor não pode subjugar sua metodologia de ensino a algum tipo de material porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é válido por si só. Os materiais e seu emprego sempre devem estar em segundo plano. A simples introdução de jogos ou atividades no ensino da matemática não garante uma melhor aprendizagem desta disciplina. (FIORENTINI; MIORIM, 1996, p.9).Os jogos matemáticos permitem a compreensão de conceitos matemáticos e a elaboração, sob uma forma atraente, de estratégias de resolução de problemas. Além disso, rompem com a rotina das aulas, o que, em geral, contribui para o envolvimento dos alunos na atividade. Mas, para não romper o encantamento, é bom permitir que eles possam ser desfrutados por seus alunos.ex.1º jogo: Tangram é formado por sete peças, cuja base é um quadrado. O tangram permite a representação de incontáveis figuras e objetos. A familiaridade com o material contribui para a resolução das muitas propostas que o jogo oferece. Diversos tipos de materiais são utilizados para a confecção do tan­gram: madeira, papel, cartolina, papelão, borracha, feltro, metal etc.A base do tangram é um quadrado. Não existe uma medida padrão para o lado do quadrado, mas é essencial observar que a relação entre as peças que o formam seja proporcional.Nas escolas, é muito utilizado, podendo subsidiar a formação e a compreensão das relações geométricas pela realização de atividades que explorem formas e conceitos. Aos poucos, enquanto manuseiam as peças, os alunos começam a perceber as relações existentes entre elas. com questionamentos que explorem conceitos geométricos.As formas geométricas que compõem o tangram permitem inúme­ras possibilidades de exploração do material, dentre as quais atividades voltadas à concentração e ao desenvolvimento da criatividade, a visuali­zação e o reconhecimento de diferentes polígonos e de suas propriedades, da equivalência entre as figuras geométricas e de sua representação. O tangram também contribui para o desenvolvimento da observação, da organização espacial, do raciocínio e da persistência. Além disso, permite o trabalho cooperativo. OUTRAS UTILIZAÇÕES DO TANGRAM O tangram também é um excelente material para o estudo de áreas. Os casos apresentados a seguir exemplificam essa utilização. Considerando o triângulo menor como unidade de área, podemos determinar a área das outras peças. Os pentaminós podem ser utilizados em diferentes estágios. As crianças menores, ao brincar com eles, desenvolvem os processos de classificação, ordenação e descoberta de padrões. Sua utilização contribui para o senso estético e a criatividade. Os pentaminós também permitem desenvolver a percepção espacial e o raciocínio lógico. São indicados para auxiliarem na compreensão e exploração de semelhanças, simetrias, Os pentaminós podem ser utilizados em diferentes estágios. As crianças menores, ao brincar com eles, desenvolvem os processos de classificação, ordenação e descoberta de padrões. Sua utilização contribui para o senso estético e a criatividade. Os pentaminós também permitem desenvolver a percepção espacial e o raciocínio lógico. São indicados para auxiliarem na compreensão e exploração de semelhanças, simetrias,perímetros e áreas. AULA 28- Avaliandoos livros didáticos Os critérios de avaliação foram estabelecidos a partir de 1995, quando foi realizada uma mesa-redonda intitulada Como melhorar a escolha do livro didático. Desse evento participaram dirigentes e a equipe técnica do Ministério da Educação e Cultura (MEC), várias entidades relacionadas à Educação e à produção de livros didáticos, além de especialistas de diversas áreas do conhecimento. Em outubro de 1995, aconteceu o seminário Livro didático: conteúdos e processos de avaliação, com o objetivo de estabelecer esses critérios para a análise de livros didáticos. Tomando como base tais critérios, e definindo a equipe de avaliadores, que são especialistas das áreas de conhecimento indicados pelo MEC, os livros didáticos foram submetidos a uma primeira avaliação no ano de 1996.Hoje, numa primeira etapa, as coleções são aprovadas ou reprovadas, seguindo os critérios eliminatórios que serão vistos mais adiante. Somente aquelas que atendam aos quesitos mínimos de qualidade serão avaliadas numa segunda etapa, em que as coleções são submetidas aos critérios clas­sificatórios e divididas em categorias conforme indicamos a seguir:Recomendadas com distinção (RD)As obras recomendadas com distinção (RD) são consideradas próximas do ideal representado pelos princípios e critérios definidos. São avaliadas como propostas pedagógicas elogiáveis, criativas e instigantes. Recomendadas (REC)As obras recomendadas (REC) são aquelas que cumprem plena­mente todos os requisitos de qualidade exigidos no processo de avaliação. Segundo os avaliadores, essas obras asseguram ao professor a possibili­dade de um trabalho didático correto e eficaz.Recomendadas com ressalvas (RR)As obras recomendadas com ressalvas (RR) são avaliadas como isentas de erros conceituais ou preconceitos, obedecendo aos critérios mínimos de qualidade, mas que contêm algumas limitações. Desse modo, podem subsidiar um trabalho adequado, desde que o pro­fessor esteja atento às observações, consulte bibliografias para revisão e complemente a proposta. A partir do processo de avaliação dos livros didáticos, realizado pelo governo, as editoras e os autores passaram a produzir livros de melhor qualidade, evitando erros conceituais no desenvolvimento dos conteúdos e informações preconceituosas.De modo geral, os atuais livros didáticos de Matemática estão cada vez mais cheios de atrativos, com a intenção de facilitar a prática do pro­fessor e ser um material motivador para o aluno. Eles vêm acompanhados de folhas de atividades, ideias de avaliações, indicações de locais para pesquisa, dicionários, manual do professor e caderno de respostas. O professor precisa analisar com atenção as coleções, de prefe­rência acompanhado de outros professores. Devido à avaliação, alguns autores fizeram uma espécie de “maquiagem” nos livros, ou seja, ainda apresentam uma linha bastante tradicional, em que só se mudou, o layout, mas a metodologia conti­nua a mesma, sem grandes inovações. Já outros autores apresentam a Matemática de forma realmente inovadora, em que se exige mais estudo e investigação por parte dos professores.Não podemos negar que a avaliação do livro didático fez com que autores e editoras direcionassem as obras para atender às exigências, pois, com o Programa do Livro Didático, o governo fornece às escolas públicas os livros do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Uma coleção recomendada com distinção tem maior probabilidade de ser comprada em grande quantidade.A avaliação do livro didático por parte dos professores, além de ser uma importante forma de aperfeiçoamento, também é um ato político. Assim, o grupo precisa estar bem informado antes de optar por essa ou aquela coleção. A importância doprofessor na avaliação e escolha do livro didáticO É importante lembrar que o professor é o principal condutor do processo de ensino e aprendizagem e que o livro didático não pode ser o único referencial para o desenvolvimento do trabalho pedagógico. O que acontece de maneira geral é que o livro didático cristaliza certos percursos, determinando assim o currículo de Matemática da escola. Sua utilização, na maioria dos casos, ocorre sem grandes alterações ou intervenções, e, dessa forma, o professor se torna um mero coadjuvante na utilização do livro.Os professores devem ser os agentes na definição do currículo de Matemática e, nas escolas, devem promover debates sobre os recursos pedagógicos que poderão ser utilizados, em complemento ao livro didáti­co. Esses materiais diversificados devem levar em consideração a realidade de cada comunidade, suas características sociais e culturais.Nesse sentido, o professor deve ser autônomo em relação ao uso apropriado do livro. A metodologia, as prioridades necessárias, a defi­nição do currículo e a forma de apresentá-lo ao aluno devem ser deter­minadas pela equipe de professores de Matemática de cada escola.O processo de escolha do livro, que acontece de quatro em quatro anos, é algo muito importante e decisivo para a equipe de professores e, portanto, exige dos educadores envolvidos uma grande responsabilidade e atenção. É mais uma tarefa árdua, que requer tempo e envolvimento profissional, mas que não pode ser feita por outro profissional que não seja o professor, pois é ele quem utiliza o livro e é o principal responsável pelo processo de ensino e aprendizagem.O livro didático, no Brasil, é o mais importante instrumento de apoio ao trabalho do professor, mas não deve ser o único. Mesmo o melhor dos livros pode ter exercícios e atividades substituídos, alterados ou complementados pelo professor. Além disso, a escolha de um bom livro didático não diminui a necessidade de consultar uma bibliografia adicional, ou seja, sempre que puder e necessitar, o professor deve lan­çar mão de textos complementares para aprofundar conteúdos, suprir lacunas ou completar e ampliar informações.A tarefa de avaliar é uma forma de pesquisa e atualização; é neces­sário que o professor utilize as várias coleções que a escola recebe como fontes de informação. Cabe a ele aproveitar as atividades, os jogos e os fatos históricos trazidos nas coleções. Mesmo decidindo por uma coleção, ele não precisa deixar de usar atividades contidas em outras. Importantes aspectos daMatemáticaaseremobservados nos livros didáticosDe um modo geral, até bem pouco tempo, a maioria dos livros didáticos de Matemática fundamentava sua proposta pedagógica princi­palmente na memorização de conteúdos e na manipulação mecânica de algoritmos, não se preocupando em fazer com que o aluno adquirisse os conhecimentos matemáticos de forma autônoma e crítica, permitindo-lhe a resolução de variados problemas, em diferentes contextos.Os professores, por sua vez, reproduziam a metodologia do livro didático, isto é, aulas totalmente expositivas, com a teoria, os exercícios de fixação e mais exercícios propostos e uma avaliação baseada exatamente na forma trabalhada em sala. O resultado disso é que os alunos, em sua maioria, memorizavam ou aprendiam mecanicamente e, passado algum tempo, não se lembravam mais do que haviam estudado. Infelizmente, essas práticas ainda estão bastante presentes em muitas de nossas escolas.Concordando ou não com a ação do Governo Federal de avaliar os livros didáticos, houve uma melhora considerável na forma de apresentar os conceitos matemáticos. Atualmente, o professor pode dispor de livros em que as atividades principais nas aulas de Matemática não são as de memorização ou de aplicação mecânica de procedimentos. Está havendo realmente uma pesquisa por parte dos autores, na tentativa de proporcio­nar ao professor e ao aluno um ensino de Matemática mais motivador, contextualizado e com mais situações significativas para os alunos.O bloco Tratamento da Informação ganhou força e abordagens diferenciadas, pois novos conteúdos e atividades foram incorporados a esses livros, como a leitura, a interpretação e a elaboração de gráficos e tabelas. Em alguns livros, assuntos referentes a esse bloco, tais como raciocínio combinatório, probabilidade e estatística, vêm em capítulos separados; já em outras obras, esses tópicos aparecem ao longo dos capítulos. É importante que os professores discutam os dois encaminha­mentos e decidam qual o mais adequado à sua “realidade”. Dessa forma, estarão também discutindo a organização do programa de Matemática; com a reflexão, o grupo cria o hábito de reformular e ajustar o currículo tornando-o cada vez mais dinâmico e atual. Os avaliadores apontam que, de maneira geral, o Tratamento da Informação fica isolado em capítulos estanques, em vez de permear toda a obra; assim, não há uma articulação e integração entre os quatro blocos da Matemática escolar. Observe que, apesar da indicação dos avaliadores de que os con­teúdos devem permear toda a obra, autores que apresentam em suas coleções a Matemática em blocos separados também possuem suas obras recomendadas com distinção. As atividades lúdicasNa avaliação dos livros didáticos, é preciso levar em conta também como são trabalhadas as atividades lúdicas, principalmente os jogos. É importante observar se o autor, ao desenvolvê-las, transforma a vivência adquirida pelos alunos em conhecimento matemático sistematizado. A sistematização das situações matemáticas exploradas nos jogos pode ocorrer, por exemplo, por meio de pequenas questões propos­tas aos alunos após o jogo. Ou, ainda, pode-se solicitar ao aluno que faça uma representação gráfica da situação do jogo.Verifique se o autor, por meio das atividades, proporciona situações em que o aluno: • planeje ações e projete soluções para problemas novos, que exigem iniciativa e criatividade; • compreenda e transmita ideias matemáticas, por escrito ou oralmente, desenvolvendo sua capacidade de argumentação; • interprete matematicamente situações do dia a dia ou a relação com outras ciências; • avalie e estime se resultados obtidos na solução de situações-problema são ou não razoáveis, fazendo estimativas mentais de resultados ou cálculos aproximados; • utilize o pensamento aritmético, incluindo a aplicação de téc­nicas básicas, esquemas de combinação e contagem e regularidade das operações; • aplique os conceitos fundamentais de medidas em situações concretas;• reconheça regularidades e propriedades das figuras geométri­cas planas e sólidas, relacionando-as com os objetos de uso comum, desenvolvendo progressivamente o pensamento geométrico;• represente e interprete dados em gráficos não cartesianos.Os gráficos cartesianos são aqueles em que utilizamos dois eixos, comumente nomeados eixo x e eixo y. Esses gráficos são muito usados para representar depen­dência entre grandezas. Os gráficos não cartesianos correspondem a todos os outros tipos: pictóricos, setores circulares e outros.Conhecendoos critérios definidos peloPNLDO PNLD analisa e avalia as coleções produzidas pelas editoras antes de comprá-las, para assim garantir a qualidade dos materiais. Para isso são estabelecidos critérios que se relacionam com as seguintes observações:• ausência de erros de impressão e de revisão;• ausência de preconceitos e erros de conteúdo;• qualidade e atualidade da proposta pedagógica;• qualidade do manual do professor;• contribuição para a construção da cidadania.Após essa avaliação, é publicado o Guia de Livros Didáticos, distribuído às escolas para servir como instrumento auxiliar na escolha do livro pelo professor.O Guia de Livros Didáticos é um guia, em forma de revista, distribuído para todas as escolas e Secretarias de Educação do país. Ele contém os resultados das ava­liações dos livros didáticos. O processo de escolha do livro nas escolas envolve todos os professores de 1o a 5º ano do Ensino Fundamental. Por isso, esse guia foi elaborado para o professor, pois ele é a pessoa mais adequada para dizer qual material de apoio didático fará a diferença no processo de ensino-aprendizagem. Esse guia é a síntese de um criterioso processo de avaliação e assegura a qualidade da escolha das obras que o professor e os alunos irão usar. Depois de a escola selecionar as obras, elas são enviadas e só serão substituídas novamente quatro anos depois. Portanto, para que essa decisão reflita um consenso de toda a equipe escolar, o governo incentiva a realização de amplos debates a partir das informações contidas no Guia de Livros Didáticos.É muito importante que o professor, junto com sua equipe, leia o Guia de Livros Didáticos – PNLD/2004, pois nele constam as justificativas do grupo de avaliadores. Somente assim poderá haver interação do conteúdo e da qualidade de cada uma das obras e dos critérios da avaliação do MEC.Conhecendomelhoros critérios...Vamos apresentar a seguir um resumo desses critérios para que você possa ter mais informações e tirar os seus próprios critérios para avaliar um livro didático.Critérios eliminatóriosUm dos principais critérios utilizados pelos avaliadores para excluir um livro é a presença de erros conceituais, de indução ao erro e de confusão conceitual, em que conceitos distintos são relacionados de maneira errada ou confusa. Por exemplo, a confusão entre os con­ceitos de número e de numeral e a identificação do conjunto com sua cardinalidade.Segundo os avaliadores, o livro didático deve ter adequação e coerência metodológicas e o desenvolvimento metodológico deve con­templar estratégias que mobilizem e desenvolvam várias competências cognitivas básicas, como observação, compreensão, argumentação, organização, análise, síntese, comunicação de ideias matemáticas, pla­nejamento, memorização etc. No caso de o livro didático recorrer a mais de um modelo metodológico ou a uma metodologia desarticulada dos objetivos, ou ainda privilegiar uma única dessas competências, deve ser indicada claramente sua exclusão.Em relação à contribuição para a construção da cidadania, o livro didático não pode veicular, nos textos e nas ilustrações, preconceitos que levem a discriminações de qualquer tipo, nem ser um instrumento de propaganda e doutrinação religiosa, pois dessa forma desrespeita o caráter leigo do ensino público.Critérios classificatóriosEm relação ao aspecto visual, o texto e as ilustrações devem estar dispostos de forma organizada, com ritmo e continuidade, dentro de uma unidade visual. O livro não deve apresentar erros graves de redação e é desejável que textos mais longos sejam apresentados de forma a não desencorajar a leitura, lançando-se mão de recursos de descanso visual. Um dos objetivos das ilustrações é despertar no aluno uma ação investigativa, que estimule questionamentos, raciocínios e conjecturas. É importante a utilização de diferentes códigos, como o verbal, o oral, o gráfico, o de forma, pois dessa maneira ele apresenta uma maior diver­sidade de situações didáticas.Os avaliadores consideram fundamental que o livro didático venha acompanhado de orientações ao professor que explicitem os pressupostos teóricos, os quais, por sua vez, deverão ser coerentes com a apresentação dos conteúdos e com as atividades propostas no livro do aluno. É necessário que mostre como o professor pode articular os con­teúdos do livro entre si e com outras áreas do conhecimento, trazendo bibliografia e sugestões de leituras que contribuam para a formação e a atualização do professor.Segundo eles, o texto não deve subestimar nem superestimar o aluno. Por exemplo, ele subestima quando desconsidera a riqueza e a variedade de experiências e interesses que ele traz para a escola e também quando apresenta situações, problemas e atividades que não exercitam sua imaginação e criatividade; por outro lado, o aluno é superestimado quando o texto o supõe capaz de um raciocínio abstrato plenamente desenvolvido, e apresenta a Matemática de um ponto de vista formal, sem exploração de seus significados; ou quando o texto usa uma linguagem acima da compreensão infantil.Como aplicar esses critérios?Para facilitar a avaliação do livro didático, é interessante que o professor elabore uma ficha em que se possa avaliar os diversos aspec­tos apontados.

Estudo dirigido para Ap2 de Português na Educação

Estudo dirigido para Ap2 de Português na Educação
(O material descrito abaixo foi elaborado com base no estudo dos módulos 1,2 e 3 de Português na Educação).


Capello, Cláudia. Língua Portuguesa na Educação. / Cláudia Capello, Flavia Lopes Lobão, Ligia Martha Coimbra da Costa Coelho. - Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2010.


Língua / Poder: Por poder se deve entender a capacidade, aplicada às classes sociais, de uma, ou de determinadas classes sociais em conquistar seus interesses específicos. [...] A capacidade de uma classe em realizar seus interesses está em oposição à capacidade (e interesses) de outras classes: o campo do poder é portanto estritamente relacional. (POULANTZAS, 1985, p. 168).Dessa forma, percebemos que a língua constitui-se, ainda, como o domínio do homem pelo homem. Em outras palavras, esse ato lingüístico, em seu uso é, também, poder. A língua pode ser definida como umas manifestação da linguagem, constitui uma forma de comunicação verbal que se realiza a partir da utilização do conjunto de signos e normas vigentes e comuns aos falantes que dela lançam mão. A comunicação plena não se restringe a essa troca de signos verbais. È necessário que emissor (falante) e receptor (ouvinte, interlocutor) estabeleçam uma relação de entendimento do que esta sendo dito, é preciso construir sentidos. o emissor estaria exercendo algumas das definições de poder. O emissor torna-se detentor de uma autoridade somente conferida pela suposta ascendência que ela adquire ao dominar um discurso que o outro não é capaz de contestar.

Língua / Ideologia: A língua, enquanto sistema normatizado e pertencente a uma classe, é ensinada na escola. O "aprender a ler e a escrever" – tão citado pelo povo quando perguntado sobre por que freqüenta essa instituição formal de ensino – possui, assim, características ideológicas. Podemos dizer, então, que se entende IDEOLOGIA como falsa consciência, à medida que percebemos as situações, imagens e textos com os olhos da classe dominante, sem nos apercebermos de tal fato. O ensino de língua materna também pode ser visualizado a partir das duas posições acima apontadas: ensino como produto, partindo de conteúdos gramaticais pré-definidos ou como processo a ser construído pelos falantes e escritores dessa língua. A cada uma dessas concepções corresponde uma visão social de mundo – ideológica, apreendendo o produto; utópica,percebendo os processos.

Língua / cidadania: O conceito de cidadania pode ser relacionado devido ações de forma organizada e coletiva, onde os sujeitos trabalhem ativamente para garantir deus direitos e realizar seus deveres. Não devem insistir no ideal da classe dominante, mas sim torna-se sujeito histórico. E é através da língua que se constitui esta cidadania. ser cidadão não é apenas conhecer direitos e exercê-los. É igualmente conhecer deveres, cumpri-los, juntamente com a busca de direitos nem sempre adquiridos. Há direitos que precisam ser conquistados, passo a passo, e para isso a cidadania deve ser participativa. E a "língua nossa de cada dia" é um forte elemento de constituição dessa cidadania. A língua materna, em seu uso constitui-se, também, como elemento de construção da cidadania. Em outras palavras, dependendo de como eu me apresento verbalmente – por meio da linguagem que utilizo – eu me constituo como cidadão.

Língua / Identidade cultural: Se temos a definição de Identidade Cultural como “a unificação e confirmação de traços comuns existentes dentro de uma nação”, nada melhor que a língua materna para confirmar a identidade de um povo. Sendo assim ela não deve constituir como sistema único e homogêneo, ela é transformada de acordo com as necessidade das comunidades fazem seu uso. podemos dizer que a identidade, em termos lingüísticos, não deve abafar a diversidade existente tanto entre os diversos falares regionais e registros quanto dentro de um mesmo falar ou registro. a língua é , também, elemento preponderante na efetivação das diversidades culturais e lingüísticas existentes em uma nação. - uma nação pode possuir diversas línguas.
Variedades linguísticas ( Desvio – erro – agramaticidade): Quanto a noção de erro podemos concluir que há uma relação direta com o processo comunicativo, ou seja, deve ser feita sempre a análise se o que é considerado “erro” compromete o entendimento do enunciado. De maneira geral o erro, dentro dos padrões linguísticos, está intimamente ligado a utilização na norma culta, e tudo o que é atualizado e que foge as regras é assim considerado. Podemos observar que há o erro de caráter extralinguístico, ou seja, é inadequado mas tem aceitabilidade social. Como por exemplo, no caso da redação feita pelo menino no livro citado acima. A professora encontrou muitos “erros” ortográficos mas não considerou que através do texto o menino havia passado a mensagem central de como foi suas férias. Ou seja, os erros encontrados no texto não comprometeram o seu entendimento. Há também o erro que compromete o entendimento do enunciado desviando-se assim do padrão de aceitabilidade social da língua, neste caso estamos nos referindo a agramaticalidade, tornado a comunicação inviável. Concluindo, o educador deve refletir sobre o erro pois ele pode ser considerado uma inadequação da língua. Quando ele não compromete a comunicação, tem aceitação social, mas na maioria das vezes desqualifica o usuário. A prática dos educadores deve focada em trabalhar com as transformações linguísticas e com as várias normas existentes, principalmente a norma padrão.


Ensino Interacionista da Língua: Ensino como processo o professor pode , ao contrário, compromissar-se com uma educação para a emancipação visualizando seu cotidiano de uma relação dialógica, em que a troca discursiva ocorre a todo momento com a turma, está é a concepção sociointeracionista do ensino da língua materna que privilegia a ação discursiva , o texto, no lugar das fragmentadas palavras e frases: que leva em conta os sentidos e significados emprestados , pelos alunos, as expressões, no momento do ato enunciativo que pensa a língua como processo e não como produto.****A língua, como processo, constrói-se na interação.

Ensino Técnico-Instrumental: O ensino da Língua deve propiciar ferramentas para a formação de cidadãos não só alfabetizados, mas principalmente letrados. Neste aspecto a língua deve ser vista por uma ótica técnico-instrumental. Ou seja, é necessário trabalhar os conteúdos da norma culta de forma contextualizada e reflexiva. E para isso o professor deve abordar cada item articulando-o com a fala, com a produção de textos e de sentido de cada um tornando possível a aquisição de instrumental para aumentar as possibilidades de formas de expressão. Podemos observar que quanto a forma em que a norma é trabalhada, na maioria das vezes, os conceitos apresentados aos alunos de forma descontextualizada deixam de lado manifestações dinâmicas da língua. E em muitos casos, as regras gramaticais se contradizem. Como no caso dos verbos, o ensino através da conhecida “conjugação” tem nos mostrado a ineficácia deste método, pois os alunos continuam sem saber como utilizá-los.

Aluno-leitor: para a formação do educando como leitor é necessário não só a aprendizagem da leitura como decodificação de símbolos gráficos, mas sim como uma forma de ver o mundo. E esta leitura não está voltada somente para textos escritos, ela envolve todas as diversidades, como textos ilustrados, textos verbais, informais, ou seja, todo um universo comunicativo. O aluno como leitor também diz respeito ao processo de interpretação que este deve iniciar, não é apenas ler, deve-se criar oportunidades para que o aluno entenda o que o texto quer informar. Nesta interação, leitor e autor devem dialogar para existir a comunicação.

Aluno-autor: o aluno como autor envolve todo o universo de criação, e para escrever é necessário a seleção de palavras, construção de hipóteses e envolvimento em certos contextos. Para a formação de alunos-autores é necessário criar primeiramente o gosto pela escrita, possibilitando um leque de possibilidades linguísticas e semânticas em que o professor é peça fundamental. Sua prática deverá estar voltada para a criação de possibilidades de contextualização, criatividade, leitura de pré-textos, intertextualidade, intencionalidade e tomada de posição.
Redação / Texto: Quanto a produção de texto e a elaboração de uma redação podemos dizer que produzir um texto requer a interlocução entre autor e leitor, em que há diálogo em relação ao que está escrito e a construção de sentido por meio da linguagem. Neste caso há a possibilidade de criação de textos críticos e criativos que não se prendem a norma padrão. A produção de texto esta intimamente ligada a escrita como objeto social. *Já em relação a redação podemos dizer que ela estaria ligada a prática escolar, propriamente um texto para ser avaliado que deve seguir determinadas regras e padrões da norma culta. Neste caso a criatividade, na maioria das vezes, fica limitada pois os alunos sentem-se pressionados a escrever não para serem avaliados quanto ao contexto de suas ideias mas sim quanto aos possíveis erros cometidos.


Aspectos sociolinguísticas do trabalho com a língua nas series iniciais do ensino fundamental: características dos aspectos linguísticos presentes no trabalho com a língua nas séries iniciais do ensino fundamental, como por exemplo, a questão do falar e escrever que envolve a correção, a adequação e a situação em que o enunciado acontece.Podemos observar também a questão do erro que pode ser de caráter ortográfico (geralmente não compromete o entendimento da mensagem). Há também a questão de tradição do uso (que legitima certos usos devido o emprego frequente), a hipercorreção (erra-se ao abandonar o termo correto) e o uso impróprio das palavras (palavras parecidas foneticamente confundem-se em relação ao seu significado). Dentre as características sociolinguísticas temos o regionalismo que interfere diretamente no ensino da língua devido as diversidades de cada região do país, estado, município pois possuem vocabulários específicos. Também há a diversidade linguística que envolve questões culturais e palavras modificadas ou que desaparecem com o tempo. A língua também varia quanto ao gênero, a faixa etária, categoria de profissionais, classes sociais, entre outras variações. Concluindo os aspectos sociolinguísticos precisam entrar em sala de aula de forma contextualizada para que os alunos aprofundem o conhecimento dos sentidos e ampliem o entendimento dos contextos em que são produzidos.

Aspectos da Linguística textual presentes no trabalho com a língua nas séries iniciais do ensino fundamental: deve-se considerar como de fundamental importância o trabalho com os aspectos de coesão e coerência dos textos. A coerência está ligada ao estabelecimento de sentido do texto que depende da interação entre os usuários. Para o estabelecimento da coerência é necessário os elementos linguísticos, o conhecimento do mundo, o conhecimento partilhado, as inferências e a contextualização. Já a coesão diz respeito as relações de sentido que existem no interior de um texto, seja ele oral ou escrito, havendo uma dependência estabelecida pelo sistema léxico-gramatical. Quanto aos mecanismos coesivos temos a referência, a substituição, a elipse, a conjunção e a coesão lexical. Entende-se que os aspectos de coesão e coerência citados acima são necessários para a elaboração de um texto bem estruturado, mas também são necessárias outras práticas como revisão textual e pontuação.

Todos os itens citados devem estar presentes na prática pedagógica dos educadores, através da criação de atividades que levem os alunos a refletirem sobre a organização discursiva dos diferentes textos para criar mecanismos para a produção de seus próprios textos. Deve-se dar ênfase para um trabalho que possibilite a formação de alunos leitores e autores e não apenas meros receptores de conteúdos gramaticais.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Resumo de Ed. Infantil - Aulas 9 a 15.

Resumo de Educação Infantil 2 – Aulas 9 a 15.


Aula 9 – O que é infantil nos programas infantis.
Resumo do texto de Rita Marisa Ribes Pereira.

a produção televisiva, por natureza, coletiva, a produção de programas infantis, particularmente, mobiliza um grande número de profissionais da área técnica e profissionais da Educação, da Psicologia, enfim, de diferentes campos da ciência. Com isto, coloca-se em jogo, também, o que esses campos do saber instituído postulam ou mesmo normatizam sobre o universo infantil e sobre o modo como incluem (ou não) as crianças em seus procedimentos de construção teórica.

os brinquedos ou como os livros infantis, a programação televisiva voltada para as crianças expressa o projeto educativo de uma geração ou de um grupo, neste caso, marcado por todas as características que envolvem a época em que a televisão surge, se expande como tecnologia e se torna uma linguagem onipresente, inclusive entre as crianças.

Muitas mudanças qualitativas aconteceram na relação entre a criança e a televisão, dentre as quais algumas se destacam. No que se refere ao lugar social de espectador ocupado pela criança, uma primeira deu-se ainda nos anos 50, no momento em que a criança deixou de ser apenas espectador e passou a ser também protagonista dos programas exibidos.

a criança assume um novo status, com significativos desdobramentos na ordem familiar, onde ganha novas prerrogativas de autoridade, e junto ao mercado, onde tanto é reconhecida como consumidora.

vale destacar que uma terceira mudança significativa no que diz respeito ao lugar social da criança como espectadora está ligada ao surgimento de emissoras de televisão especificamente dedicadas ao público infantil.

a criança deixa de ser tratada como simples espectadora e passa a ser vista na sua condição potencial de produtora.

Aula 10 – O prazer da leitura se ensina.
Texto de Adriana Maricato - Brasília/DF

Ela aprende observando o gesto de leitura dos outros – pro­fessores, pais ou outras crianças. O processo de aprendizado co­meça com a percepção da exis­tência de coisas que servem para ser lidas e de sinais gráficos.

Na escola, a criança deve ser rodeada de livros e materiais em espaços de leitura, seja biblioteca, sala ou um canti­nho dentro da sala de aula. Para Magda, “o papel da professora é intermediar o contato do aluno com a escrita e a leitura, colocar o livro disponível e orientá-la no seu uso, no convívio com o material escrito”.

Os alunos precisam ter contato com textos impressos não literários que têm diferentes funções e objetivos. Revistas in­fantis, em quadrinhos, propagan­da, embalagens, receitas, bulas de remédio, certidão de nasci­mento também devem ser objetos de experi­mentação. “Revistas e jornais, a princípio para adultos, têm muita ilus­tração, muito texto, a criança gosta de mani­pular e até de recriar”, diz ela, “recortando figuras, letras, palavras”. Familiarizada com a diversidade de textos que existem – suportes diferentes (cartaz, livro, jornal, re­vista, etc.), variedade de formato e tamanho de letras, composição gráfica, disposição da ima­gem em relação ao texto –, a criança deduz o funciona­mento da es­crita. “Mesmo antes de ler e escrever de for­ma autônoma, ela des­cobre coisas sobre o código jus­tamente em contato com esses tipos diversos de materiais”.

os professores faci­litadores procuram construir pau­latinamente o entrosamento dos pequenos com o universo da lei­tura. Tudo a seu tempo, claro. “A idéia não é alfabetizar as crianças, mas respeitar os repertórios que trazem de casa e estimular a von­tade de ler e decifrar conteúdos”

Aula 11 – Música e ed. Infantil: Mas as crianças gostam! Ou, sobre gostos e repertórios musicais.

Resumo do texto:
OSTETTO, Luciana Esmeralda. “Mas as crianças gostam!” Ou sobre gostos e repertórios musicais. In: OSTETTO, Luciana Esmeralda; LEITE, Maria Isabel. (Orgs.) Arte, Infância e Formação de Professores: autoria e transgressão. Campinas: Papirus, 2004. p. 41-60.

ao falar de gostos e repertórios musicais explicita, de alguma forma, perguntas, preocupações e intrigas em torno da formação artístico-cultural dos professores que atuam na educação infantil - meu interesse de pesquisa. É preciso assinalar que os aspectos abordados neste ensaio foram provocados e alimentados pelo contato, recente, com textos e temas da antropologia, perpassando e envolvendo as noções de culturas, alteridade, práticas interculturais, histórias de vida.

A massificação de “produtos culturais” é um dado inegável desta sociedade, em que os produtos colocados à venda seguem o “gosto do mercado”, mais que o “gosto popular”. Na verdade o povo, transformado em massa, é também o mercado onde serão divulgados e vendidos esses artigos, como por exemplo, os produtos da indústria do disco. E aqui há uma distinção interessante a fazer: as músicas, neste contexto, deixam de ser obras para transformarem-se em produtos. A obra, dizia um amigo meu, citando Lefebvre, vem da arte e o produto vem da indústria. Aquela, elaborada pelo artista, tem marca pessoal; esse, elaborado pelos profissionais da indústria, tem as marcas do gosto do mercado.

Vivemos um tempo em que a música, como produto cultural, vai deixando de “... reger-se pelas leis da criação artística, para reger-se apenas pelas leis do mercado, [e] acabará por eliminar a figura do próprio artista-criador”.

Parece-me que vivemos um tempo em que vale mais a aparência, o cenário, a coreografia sugerida, do que propriamente a música, transformada quase em um detalhe.Só que essa gigantesca diversidade de produção cultural não penetra na indústria cultural. Essa indústria é de mão única e gosta de simplificar alguns poucos modelitos, para produzir depressa, conquistar mercado e descartar logo para fazer outro produto semelhante na mesma velocidade.

é preciso assinalar que não existe a criança (nem o gosto) universal: são grupos diversos de crianças, meninos e meninas, de tal ou qual idade, procedente desta ou daquela região, pertencente a este ou àquele grupo familiar que freqüentam aquelas instituições. São diferentes histórias que se encontram e, é de se supor, diferentes preferências, gostos diversos. Por que as instituições educativas ainda insistem em negar estas histórias e, ao mesmo tempo, aceitar como único e universal o repertório, aqui musical, advindo da indústria do disco, acatando a última moda, o sucesso recente? É que, no jogo de “qual é a música?”, está envolvido não apenas o universo cultural das crianças, com seus gostos e desgostos, mas o dos adultos igualmente. Neste caso, aquelas músicas não seriam também do gosto do professor.

Se tomarmos por referência um processo educativo em que o direito a infância e à educação infantil de qualidade estejam pautados como base e horizonte de toda ação pedagógica, diremos que respeitar é acima de tudo comprometer-se com as crianças, por inteiro. Pensar o gosto e repertório das crianças é problematizar o gosto e repertório dos adultos. É possibilitar a coexistência dos mais variados tipos de música, de modo a provocar o encontro e o debate de significados e sentidos – do estranhamento às entranhas do novo. Essencial, para além da negação ou imposição de padrões, é possibilitar a ampliação do repertório cultural.

Na trilha do espanto e do inconformismo, dos repertórios e gostos musicais, uma certeza: se a Educação Infantil (inclua-se, também, a formação de seus professores) ficar limitada ao já conhecido, se apenas der espaço para “o gosto do mercado” sem questioná-lo, se negar os repertórios trazidos pelas crianças, se não promover a abertura de novos canais de fruição e expressão para adultos e crianças, tudo permanecerá no mesmo lugar. Reivindiquemos, pois, todo o poder à imaginação!

Aula 12 – Instituições de ed. Infantil: critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais da criança.

Resumo do texto:
Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças / Maria Malta Campos e Fúlvia Rosemberg. – 6.ed. Brasília : MEC, SEB, 2009



A creche que respeita a criança: Respeita o direito a brincadeira; a atenção individual; a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante; ao contato direto com a natureza; a higiene e a saúde; a uma alimentação sadia; a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão; ao movimento em espaços amplos; a proteção, ao afeto e a amizade; a expressar seus sentimentos; a uma especial atenção durante seu período de adaptação a creche; a desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa.

A política de creche respeita a criança: A política de creche respeita os direitos fundamentais da criança; está comprometida com o bem estar e o desenvolvimento da criança; reconhece que as crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante; reconhece que as criança têm direito a higiene e a saúde; reconhece que as crianças tem direito a uma alimentação saudável; reconhece que as crianças tem direito a brincadeira; reconhece que as crianças tem direito a ampliar seus conhecimentos; reconhece que as crianças tem direito ao contato com a natureza.

Aula 13 – As manifestações infantis e as práticas pedagógicas.

Resumo a partir do Texto de Daniela Guimarães.

a criança como sujeito social, com idéias e movimentos que contribuem na organização da vida coletiva, participante de relacionamentos de troca com adultos e outras crianças.


É a partir do reconhecimento das idéias, brincadeiras, interesses, medos e alegrias de cada criança que se constituem sua autonomia, auto-estima e autoconfiança.

Ou seja, é importante que o planejamento das práticas possa nascer da observação das manifestações infantis.

Na reflexão sobre as rotinas na Educação Infantil, é importante considerar a íntima relação entre situações fechadas, que se repetem, e organizam o ritmo de um dia; e as possibilidades de abertura, ou seja, consideração de situações que provocam alteração.

Tanto a fala, como o movimento, a brincadeira, a construção, a modelagem são formas de interlocução da criança com o mundo no qual ela está mergulhada, nas quais ela constrói sentidos próprios para a realidade.

A criança constitui-se na interação com o outro. Juntamente com Vygotsky (1989), podemos afirmar que as construções culturais (posturas, palavras, símbolos, etc) próprias de seu universo social são internalizadas pela criança em sua interação com esse universo e recriadas em suas ações e expressões diversas.

Aula 14 – Elaboração e organização de instrumentos de acompanhamento e avaliação da aprendizagem e desenvolvimento das crianças.

A avaliação é um ato que sugere movimento, reflexão e transformação. Contribui para o crescimento da criança e para o trabalho do professor, precisa ser mediadora, acolhedora, é ela que vai nos ajudar a acompanhar a criança em todos os momentos vividos na Ed. Infantil, contribuindo com seu avanço na ampliação de seu conhecimento de si e do mundo.

A avaliação é uma forma de conhecer/investigar o movimento das crianças e, a partir dessa nossa investigação, pensar formas de intervenção que possam favorecer o desenvolvimento infantil, a ampliação de seus conhecimentos, seu crescimento de um modo geral.

Um aspecto significativo da prática avaliativa é o registro (escrito, fotográfico, ou outro). Registrar o vivido pela criança permite que acompanhemos suas conquistas e avanços. É importante termos em vista que não podemos nos basear apenas na nossa memória, ela é muitas vezes falha. Se não registramos nossas experiências corremos o risco de esquecer detalhes preciosos do vivido! Além disto o registro nos permite refletir com maior profundidade.

A escrita, registro mais comumente utilizado na escola, é um excelente recurso de ampliação da reflexão. Não devemos escrever 'para prestar contas” para pais ou instituição. Nossos escritos servem antes de tudo para organizar, sistematizar nossas observações sobre as crianças, ampliar nossa reflexão sobre o grupo e o trabalho. É claro que, para os pais, os relatórios das crianças – registros usuais na escola – são excelentes instrumentos para que ele conheça mais sobre seu filho e sobre o trabalho que estamos desenvolvendo, mas isso não quer dizer que escrevemos para mostrar o quanto fizemos nem para indicar o que a criança não sabe ou sabe.

Registrar por escrito nossas experiências e as observações sobre as crianças permite que possamos refletir sobre a nossa prática, revendo nossos atos, organizando ideias e experiências, mapeando as dúvidas, relacionando o que vivemos com as teorias. O registro é uma forma de retratar a história vivida, de deixar marcas. É um instrumento que favorece a reflexão e o aprimoramento do professor.

Os registros das atividades diárias têm. Portanto, a função de permitir ao professor rever sua prática, buscando caminhos para aprimorá-la.

Avaliar é abrir uma janela para compreender mais profundamente nossas crianças e a nós mesmos. É importante destacar que a avaliação se norteia pelas concepções de criança e de educação do professor, isso nos aponta para o necessário investimento na formação docente.

Aula 15 – Reinventando relações entre seres humanos e natureza nos espaços de educação infantil.

Como aprendizagem e auto-constituição não são processos separados, é fundamental que aqui elas vivenciem experiências positivas, pois, se a vida transcorre no cotidiano das instituições, é aí que ela se afirma como potência ou impotência, de corpo e de espírito.

5 pontos algumas ideias voltadas para uma educação que esteja voltada para a formação de pessoas íntegras, solidárias e comprometidas com a manutenção da vida em nosso planeta: *Religando os seres humanos com a natureza, desconstruindo a cultura antropocêntrica (hoje o desafio é educar na perspectiva de uma nova sociedade sustentável, É preciso que elas aprendam a conservá-lo e a preservá-lo. Isto implica em rever as concepções de mundo e de conhecimento que orientam as propostas curriculares, Se queremos formar pessoas que respeitem a natureza, desfrutar da vida ao ar livre não pode ser uma opção de cada professora ou escola, mas um direito das crianças e, portanto, um imperativo pedagógico. Desde a creche e a pré-escola precisamos, portanto, realizar uma aproximação física, estabelecendo relações cotidianas como sol, com a água, com a terra, fazendo com que sejam elementos sempre presentes, constituindo-os como chão, como pano de fundo ou como matéria prima para a maior parte das atividades).*Aconchegando o corpo na escola (Nosso corpo é a expressão desta identidade, é a prova da nossa condição animal, algo que nos faz iguais a outras espécies que habitam conosco um mesmo eco espaço. Os espaços de educação das crianças de 0 a 6 anos precisam de rotinas que não fragmentem o sentir e o pensar, que estejam atentas às vontades do corpo, que não aprisionem os movimentos. Ao contrário, ajudem as crianças a expressarem ‘a dança de cada um’, isto é, ‘o jeito de ser’, que é, em outros termos, a expressão de nossa psiquê, de nossa alma). *As crianças são seres de natureza e, simultaneamente, seres de cultura (A concepção de criança enquanto ser de cultura está assegurada nas propostas pedagógicas na medida em que estão implícitas duas idéias fundamentais: i) nenhum ser sobrevive com características humanas se não receber cuidados de outros humanos; ii) só entre humanos seremos capazes de aprender a recriar as atitudes, as regras, os valores, enfim, o jeito de ser da espécie e do grupo social de que somos parte. O reconhecimento da diversidade cultural implica no reconhecimento de todos os seres humanos desfrutarem do direito de cidadania, assim como de soberania dos povos e das nações. Na mesma medida, o reconhecimento da biodiversidade implica no respeito ao conjunto de tudo que vive na biosfera, tudo que vive no ar, no solo, no subsolo e no mar). *As Três Ecologias e o Cuidar - Numa educação para sociedades sustentáveis, o cuidar é referência fundamental porque orienta o trabalho em relação à três ecologias (Guattari, 1990) e nos ajuda a valiar:i) “A ecologia pessoal diz respeito às relações de cada um consigo mesmo, às conexões de cada pessoa com o seu próprio corpo, com o inconsciente, com os mistérios da vida e da morte, com suas emoções e sensações corporais, com sua espiritualidade. a qualidade dos espaços/atividades relacionadas ao eu (ecologia pessoal3); ii) a qualidade das interações coletivas, relacionadas ao nós (ecologia social) A ecologia social está relacionada às relações dos seres humanos entre si, as relações geradas na vida em família, entre amigos, na escola, no bairro, na cidade, entre os povos, entre as nações. A ecologia social retrata a qualidade destas relações. iii) e a qualidade das relações com a natureza (ecologia ambiental): A ecologia ambiental diz respeito às relações que os seres humanos estabelecem com a natureza. Reflete as diferenciadas maneiras como os grupos humanos se relacionam com a biodiversidade, de maneira sustentável ou predadora: com o objetivo de satisfazer suas necessidades fundamentais, ou com o objetivo de apropriação-transformação-consumo-descarte. *Desconstruindo as velhas rotinas e inventando outras – Nesta perspectiva, as IEI e seus educadores assumem os desafios de uma educação ambiental que vise: Resgatar tradições culturais; reinventar as relações com o corpo de fortalecimento da integridade de corpo-espírito-razão-emoção; estar atento às concepções e práticas de trabalho que reproduzem o divórcio entre o corpo e mente; pensar um novo modo de funcionamento escolar que, por respeitar ritmos e interesses infantis; ampliar os espaços e os tempos de movimentarem-se livremente; mexer numa rotina de trabalho que supervaloriza os espaços fechados das salas de aula, os materiais industrializados e propiciar às crianças contato cotidiano e íntimo; incorporar à rotina atividades diversificadas; promover encontros festivos que favorecem sentimentos de amizade, companheirismo e solidariedade; questionar e combater as práticas consumistas e a onipresença dos meios de comunicação; transformar as relações e interações com a natureza; e investir na construção coletiva de propostas pedagógicas que visem uma integração mais ampla e possibilitem o desfrute, a admiração e a reverência da natureza.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Resumo de sociologia - Aula 23 a

 Resumo de sociologia – Aulas 23 à 30.


Aula 23 – Implementando ações afirmativas na educação brasileira

ações afirmativas na Educação brasileira. Selecionamos três exemplos fundamentais: o da Educação Especial, o da Educação Indígena e o da política de cotas.

As políticas afirmativas ou políticas de discriminação positiva ou políticas sociais compensatórias – são ações do Estado ou estimuladas por ele, voltadas para grupos específicos, historicamente discriminados.

Nota-se, portanto, que o significado efetivo dessa modalidade é propiciar um trabalho educativo especializado no que diz respeito aos “currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos” para aqueles que possuem especificidades.

programas integrados de ensino e pesquisas, para oferta de Educação escolar bilíngüe e intercultural aos povos indígenas,

É necessário ressaltar que essa atuação do Estado é decorrente das reivindicações indígenas de décadas, influenciadas, como já vimos, pelos estudos culturais a partir da década de 1960, que ressaltavam o efeito pernicioso de uma Educação que desconsiderava as especificidades históricas e culturais das comunidades indígenas, além de constatar que o controle da Educação pelos colonizadores europeus foi um eficaz instrumento de dominação e de perda de identidade dos diversos povos nativos da América.

a polêmica foi importante para o enfrentamento desse grave problema social: o do acesso das camadas mais pobres da população e dos afrodescendentes à Universidade Pública, Assim como forçou a revisão das primeiras leis, limitando o percentual da reserva de vagas a 45% em cada curso das universidades estaduais.

Aula 24 – As condições de trabalho docente nos diferentes tempos históricos – séc XVII ao XIX.

O ato de educar permaneceu como uma tarefa da igreja, construiu-se uma concepção de professor que devia unir vocação e sacerdócio. Houve a luta entre a igreja protestante e a igreja católica, como também a disputa entre os interesses burgueses e os interesses da aristocracia.

A partir do séc. XVI, surgiu a necessidade de abrir escolas para camadas mais amplas da população e o clero não podia atender a essa demanda, por isso foi necessária a colaboração de professores leigos. Professor era aquele que professava a fé e fidelidade aos princípios da instituição e se doava sacerdotalmente aos alunos.

Os professores deveriam ser formados em escola normais laicas e se tornarem funcionários do estado. As promessas de formação de professores em escolas laicas e estatais não se concretizaram no séc. XVIII e continuaram no séc. XIX.

A industrialização muda as relações de trabalho e o processo de urbanização. Para executar as suas tarefas precisava ter instrução e saber dividir racionalmente sua tarefa com outros. No séc. XIX, o trabalho do professor começou a passar por mudanças significativas, tornando-se mais complexo e controlado pelo estado. Desencadeou-se uma acirrada luta entre reacionários e liberais, conservadores e progressistas, para saber quem teria a hegemonia do processo educacional, foram polos antagônicos desta luta: a igreja e o estado.

O movimento de restauração de caráter conservador opunha-se aos avanços do pensamento liberal que defendia a escola pública e laica e a formação do professor deveria se fundamentada em bases técnico-profissionais. E no séc. XIX surgiram movimentos de professores que defendiam os princípios liberais e lutavam por uma organização profissional.

A profissão docente foi se tornando um ramo do serviço público, e o estado passa a se encarregar das instituições escolares, controlando o trabalho docente, para que este garantisse o fortalecimento da ordem econômica e social.

Movimentos sociais que lutavam pela melhoria da educação e das condições do trabalho docente, o movimento socialista e a organizações docentes denunciavam as condições precárias dos prédios escolares, o número excessivo de alunos em sala de aula, a excessiva burocracia do estado no sentido de controlar o trabalho docente, a qualidade de formação dos professores e os baixos salários.

Houve a necessidade de ampliar o número de escolas e criar mecanismos para promover, organizar, e controlar o sistema público de ensino e também controlar a profissão docente.

No Brasil foi iniciada uma discussão significativa sobre a criação de escolas normais, no sentido de possibilitar uma formação adequada áquele que exercia o magistério, pois queriam acabar com os professores improvisados. Esta discussão também abriu espaço para o questionamento das condições de trabalho docente, buscando caminhos que pudessem melhorar o exercício do magistério, mas, ao mesmo tempo, também foram estabelecidos os mecanismos de controle do trabalho docente.

Aula 25 – As condições de trabalho docente nos diferentes tempos históricos séc. XX

- O trabalho torna-se tão simplificado e parcelado que passa a ser uma tarefa rotineira e insignificante. Esse processo de produção trouxe as seguintes conseqüências para o trabalho no mundo contemporâneo:

• a separação entre o processo de trabalho e seu objetivo, que é a satisfação das necessidades do trabalhador; • o trabalhador perde o controle sobre seu processo de trabalho; • o trabalho deixa de ser uma atividade criativa e passa a ser uma atividade pré-organizada, sem autonomia e submissa a regras; • o predomínio da economia de tempo, perdendo-se o caráter qualitativo das tarefas, pois cada vez mais se enfatiza a máxima “tempo é dinheiro”; • a perda do controle da regularidade e da intensidade do trabalho.

o trabalho do professor no século XX, o consideram uma atividade intelectual que mantém um forte vínculo com o Estado porque, com o aparecimento do capitalismo, separa-se a sociedade civil do Estado e o ensino passa a ser visto como dever do Estado.

O professor deveria ser formado, preferencialmente, em nível superior, com um currículo que contemplasse a Biologia, a Filosofia, a Psicologia e a Sociologia e outros conhecimentos que possibilitassem uma sólida formação científica.

A partir de então, deveria existir o inspetor escolar, o supervisor educacional, o orientador educacional, o administrador escolar e o professor. Sendo que as quatro primeiras atividades teriam como função primordial o planejamento de ações pedagógicas e o professor deveria executar o que era planejado.

devemos considerar que: a) nesse período, a profissão de professora era uma das poucas opções para o universo feminino; b) ao sair do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, a professora tinha emprego garantido na rede pública de ensino; c) a remuneração da professora primária era bastante significativa, na segunda metade da década de 1940 e ao longo da década de 1950.

Constatamos que o trabalho docente sofreu, nos últimos trinta anos, uma grande desvalorização e a condição financeira do professor do primeiro segmento do Ensino Fundamental aproxima-se, algumas vezes, a da classe proletária.

características do trabalho, criadas a partir do modo de produção capitalista, estão presentes atualmente no trabalho docente, como: o aumento das tarefas, o parcelamento do trabalho, a impossibilidade de planejar integralmente suas atividades e a economia de tempo para fazer as atividades exigidas pela escola; ou seja, o professor tem pouco tempo para executar as suas tarefas.

Aula 26 – O jogo das representações mútuas: como professores e alunos percebem seus papéis sociais.

A primeira fonte que os professores utilizam é a informação direta sobre as características e o comportamento dos seus alunos, obtida com a observação no decorrer dos primeiros contatos. A informação indireta vem através de outros professores, pais, relatórios orais (como por exemplo, os que acontecem nos conselhos de classe) etc.; ela também incide nas representações. E uma terceira fonte é derivada da organização do sistema educacional, que fornece um conjunto de dados, como por exemplo: histórico escolar, residência, nível de escolaridade dos pais, classe social, situação familiar.
a observação continuada, que será produzida durante as atividades de ensino e de aprendizagem desenvolvidas em aula. É por essa razão que existem variações nas interpretações dos professores acerca de turmas e alunos.


A imagem do “aluno ideal” que o professor possui – que, em geral, inclui a adequação às normas da escola; a dedicação; o esforço, entre outras tantas características – age como um filtro para interpretar as “reais” características dos alunos com quem interatua.

imagens de “professor ideal” – como se mostra afetuoso, disponível e respeitoso com seus alunos; competente quando explica os conteúdos; habilidoso na resolução de conflitos e situações comprometedoras – e assim constroem as suas representações.

as representações que se constroem na situação educacional levam cada protagonista a esperar de seu interlocutor determinados comportamentos e a atuar de acordo com o que espera do outro.

Aula 27 – Os esquemas de controle da profissão docente.

- a cultura docente constitui o componente privilegiado da cultura da escola como instituição, a que Pérez Gómez (2001) denomina como estrutura de participação social e de estrutura de tarefas acadêmicas. A cultura docente se presentifica nos métodos que são utilizados nas aulas, na qualidade, no sentido e na orientação das relações interpessoais, na definição de papéis e funções que os professores desempenham, nos modos de gestão, nas estruturas de participação e nos processos de tomada de decisões.

- todo projeto de inovação educacional precisa levar em conta a cultura docente, pois tanto a mudança quanto a transformação da prática pedagógica cotidiana não estão assentadas apenas na compreensão intelectual das pessoas envolvidas, mas, fundamentalmente, em seu desejo de transformar as condições que herdaram da cultura docente.

- por um lado a cultura docente determina os valores e os modos de interação próprios de cada escola, por outro lado sofre o efeito das pressões e das expectativas externas, das exigências relativas aos processos de socialização e dos demais agentes envolvidos com a escola.

- Os processos de ensino e aprendizagem, o currículo, os modos de avaliação e seus significados, a organização institucional, a função da escola, os próprios papéis docentes, o desenvolvimento do indivíduo, os processos de socialização dentro e fora da escola, assim como o sentido e a evolução da sociedade, se constituem como componentes – mais bem definidos ou, não, refletidos e sistematizados –, do conteúdo da cultura docente.

- as características mais relevantes que definem a forma da cultura docente: • Isolamento do docente e autonomia profissional. • Colegialidade burocrática e cultura de colaboração. • Saturação de tarefas e responsabilidade profissional. • Ansiedade profissional e caráter flexível e criativo da função docente.

- Flinders (1988) caracteriza três espécies de isolamento: o primeiro é o isolamento como estado psicológico – no qual a insegurança pessoal ou o medo à crítica confina o professor à sua sala de aula. O segundo é o isolamento ecológico, que está determinado pelas condições físicas e administrativas que definem seu trabalho: E, por último, o isolamento adaptativo – entendido como uma estratégia pessoal que busca o próprio espaço de intervenção, a fim de preservá-lo de influências prejudiciais do contexto.

- A colegialidade burocrática refere-se ao conjunto de procedimentos impostos pela administração, como por exemplo, planejamento, projetos, escolha de livros didáticos para o próximo semestre etc.

Aula 28 – O mal estar docente.

A cultura da colaboração está fundamentada em dois aspectos mutuamente implicados em todo processo educacional: de um lado o aspecto cognitivo, o debate de idéias que promove a descentralização e a abertura à diversidade. Do outro lado, a dimensão afetiva, o clima de confiança que autoriza o indivíduo a se abrir às experiências alternativas, a correr riscos e ao desprendimento pessoal, sem sentir-se ameaçado do ridículo, da exploração, da desvalorização da própria imagem ou da discriminação.

múltiplas conseqüências prejudiciais da intensificação laboral do docente, Hargreaves (1994) ressalta a falta de tempo e de tranqüilidade para que o professor possa se concentrar na tarefa de atender aos alunos dentro e fora da sala de aula, refletir sobre o sentido de sua atividade e se formar nos aspectos científicos e culturais que compõem a base de seu pensamento e de sua sensibilidade.

para outro grupo de professores, sem dúvida um grupo minoritário, é possível encontrar saídas para a incerteza e para a perplexidade. O primeiro passo é desconstruir as estruturas e funções obsoletas presentes na cultura docente. Depois, lutar contra a acomodação acrítica e as pressões ou exigências exteriores do mercado. A seguir, é imprescindível um aprofundamento teórico sobre a tarefa docente e a reconstrução compartilhada da cultura escolar e do papel social do professorado.

A perspectiva psicanalítica concentra no campo estabelecido entre o professor e seus alunos as condições para o aprender, sejam quais forem os conteúdos. A psicanálise batiza esse campo com o nome de transferência. Revelada no campo específico da relação médico-paciente, Freud percebeu a constância com que a transferência também ocorria nas diferentes relações estabelecidas pelas pessoas no decorrer de suas vidas.

Aula 29 – A sociologia da educação

A Sociologia é uma área de estudo que se preocupa em compreender as relações sociais estabelecidas coletivamente pelos homens em cada um dos lugares onde vivem.

As concepções de abordagens sociológicas: *O pensamento durkheimiano - Para Durkheim (1978 e 1984), a Ciência Social deveria estudar os “fatos sociais”, isto é, o conjunto de ações e relações que são criadas coletivamente e impõem aos indivíduos uma coerção. Pensar a Educação como parte do processo de socialização dos indivíduos e grupos, assumindo as formas de comportamento social previstas pela ordem estabelecida e fazendo com que cada um seja parte de um todo organicamente estruturado. A educação tem o objetivo de reproduzir a cultura para socializar os indivíduos para que eles vivam de acordo com o contexto cultural. *O pensamento marxista - A percepção de Marx (1978 e 1984) está baseada nas relações de produção, que ele entendia como fundamentais e determinantes. A Educação é, portanto, um instrumento para formar os indivíduos segundo a mentalidade burguesa e prepará-los com as capacidades para o trabalho que atenda aos objetivos de acumulação de capital, lucro e competitividade das empresas. Por isso, a escola é um órgão responsável pela reprodução dos valores e do saber dominante e da reprodução da força de trabalho, por meio da qualificação profissional. A vida escolar é organizada em currículos, séries e níveis desde o que conhecemos por Ensino Fundamental até o Ensino Superior, para a manutenção e o desenvolvimento do sistema socioeconômico. Na visão marxista, a escola é organizada para manter a desigual­dade das condições de classe, pois serve a um projeto geral de dominação que se perpetua, com raríssimas possibilidades de os membros das classes dominadas aproveitarem, efetivamente, as oportunidades e chances de ascensão social. *O pensamento weberiano - A terceira concepção clássica da Sociologia foi feita por Max Weber (1971), que desenvolveu uma explicação baseada no conceito de ação social. Ele as qualificou como todas as ações humanas dotadas de sentido. Neste caso, a vida social é um conjunto complexo de interações entre indivíduos e grupos que se influenciam reciprocamente na maneira de pensar e agir. As ações sociais possuem características tais como: fins (objetivos), valores (avaliação), afetos (sentimentos) e tradições (costumes). Neste caso, podemos entender a Educação como ação social, onde ensinar ou aprender podem ser entendidos a partir dos propósitos do sistema de ensino, da apreciação do fim do conhecimento, do prestígio social, do poder e do ganho financeiro que se torna possível com a obtenção de um diploma. Podemos ainda pensar o ensino-aprendizagem segundo o maior ou menor envolvimento emocional dos atores em nome da vocação profissional, simpatia/antipatia por áreas do conhecimento etc. Podemos também entender a Educação por meio da organização do modo de ser/pensar da escola através de seu ethos: hábitos, identidades, costumes, valores, práticas e rituais.

Questões sociológicas contemporâneas na educação - 1) Concepções funcionalistas: justificam a maneira pela qual o sistema social capitalista deve funcionar, tal como ele tem sido ao longo dos anos, e o papel que a Educação desempenha nele. 2) Concepções críticas: criticam a função da escola na estrutura capitalista. Esta concepção se subdivide em: a) perspectivas reprodutivistas, b) perspectivas gramscianas, c) perspectivasfrankfurtianas, d) perspectivas foucaultianas.3) Concepções interacionistas: preocupam-se em centrar as análises nas interações existentes na interação entre os membros de uma comunidade e a maneira como eles constroem os significados da vida coletiva.


A nova sociologia da educação: “Nova Sociologia da Educação” (NSE) para denominar um campo de estudos onde as trilhas de análise se misturam um pouco entre si. Isto significa que podemos estudar a desigualdade social e seus efeitos perversos na educação das camadas populares não somente por meio da estrutura socioeconômica, mas também a partir da percepção dos indivíduos e grupos mais pobres. Uma ênfase importante da NSE foi a discussão do currículo feita por Young (2000), que passou a interpretá-lo como um artefato cultural que se constrói nas relações sociais por intermédio de formas de controle e da imposição de saberes que são considerados mais rentáveis e legítimos do que outros. A NSE passou a dar ênfase também à vida de subculturas relacionadas a gênero, etnia e demais identidades sociais que são construídas, reforçadas ou desqualificadas no interior do espaço cultural e escolar.

Aula 30 – Educação, memória, comunicação, artes, estética e sociologia.

Padrões estéricos e prática educativa: envolve processos racionais, de elaboração, planejamento e estudo, e que, além disso, devemos considerar toda uma conjuntura histórica, na qual encontramos diferentes concepções e manifestações artísticas.

Artes: Para repensar esses modelos estéticos é preciso adotar juízos que permitam outras possibilidades, cabendo ao professor proporcionar meios para que os alunos percebam e entendam a realidade de modo diversificado.

Arte na educação: a importância da arte na formação do homem, pois ao brincar com as aparências, jogar e construir novos mundos, tanto o adulto quanto a criança podem dar vazão às suas emoções, e assim, os problemas do cotidiano podem ser traduzidos ou deslocados, peculiarmente as dores, em obras de arte, que se tornam um bálsamo salutar para as agruras corriqueiras. É essencial que se cultue as atividades lúdicas em sala de aula. Essas atividades, porém, não devem ter cunho meramente criativo, nem ser consideradas práticas secundárias em relação às outras disciplinas; ao contrário, devem ser respeitadas como uma área de conhecimento autônoma, com conteúdos específicos.

Arte e educação: Arte e Educação se mostra como um instrumento fundamental para o desenvolvimento de técnicas que permitam exercitar a imaginação, a auto-expressão, a descoberta, a invenção e, conseqüentemente, o potencial transformador único.

Os meios de comunicação: A função dos meios de comunicação. No primeiro modelo, eles se tornaram apenas o veículo de difusão da opinião e no segundo, se tornaram a fonte da opinião pública. Contribuem para a barbarização da cultura e para a alienação, investindo mais no sentimentalismo e no entretenimento do que na reflexão racional e na conscientização voltada para a emancipação social. No entanto, para outros, os meios de comunicação contribuem para a democratização do acesso à cultura, sendo um elemento importante para a conscientização e para a educação da população, apesar de seus efeitos maléficos. Edgar Morin nos fala que a indústria cultural trabalha com um aparente paradoxo: burocracia-invenção, padrão-individualidade.

Educação e comunicação: Pode-se perceber essa influência nos educadores e nos familiares no momento em que mantêm certa preocupação com as crianças e os jovens que estão em contato direto como os meios de comunicação, e de como interferem na formação, nos hábitos e nas atitudes de cada um, gerando violência e um apelo ao consumismo.

Informação: O educador precisa lembrar-se de que existem várias implicações pedagógicas no processo educativo como, por exemplo: a linguagem adotada pelos meios de comunicação no dimensionamento das formas de pensar e de agir do aluno. A identidade e a subjetividade são formadas pela linguagem audiovisual. Não há como desenvolver o processo ensino-aprendizagem sem as referências estabelecidas pela mídia eletrônica, principalmente sem a interatividade. Entre as riquezas de informações que o texto oferece, merece destaque a seguinte definição de linguagem: é uma instituição fundamental para pensar a constituição e o funcionamento da sociedade. Sem ela, não seria possível a existência de idéias, valores, hábitos, costumes, saberes e práticas estabelecidas na sociedade.

Piaget: Piaget é de que as crianças constroem a sua inteligência social e moral no transcurso da sua intervenção em interações sociais e em um processo de adaptação constante às circunstâncias sociais, desde as relações entre pares até as relações de autoridade. O código de leis da escola precisa ser interpretado por cada aluno, constituindo-se em uma das aprendizagens vitais para a convivência social nesse espaço institucional.

Vygotsky: Uma pessoa pode trabalhar e resolver um problema ou realizar uma tarefa de uma maneira e em um nível que seria incapaz de conseguir individualmente ( zona de desenvolvimento proximal). Como um campo dinâmico, em constante processo de mudança através da própria interação.

Sociologia da educação: tem como objetivos: identificar as principais concepções sociológicas da Educação e compreender a contribuição da Sociologia para pensar a Educação em suas idéias e ações.

Memória e educação: a Antropologia nos oferece conhecimentos muito interessantes sobre o lembrar e o esquecer que podem ser pensados como elementos elásticos que requerem concentração e atenção, estando sempre juntos e em estado de equilíbrio frágil. Marc Augé nos aponta o retorno, a suspensão e o começo (ou recomeço) como as três formas de esquecimento que se manifestam em práticas culturais, que podem ser exemplificadas respectivamente no rito do candomblé, no desfile das Escolas de Samba e na imagem de Lot e a mulher fugindo de Sodoma.

Comunicação e memória: Ela nos leva a refletir sobre memória social, que é um campo que demanda constante investigação, pois nela pode-se encontrar muitos elementos que contribuem para a formação e para o enriquecimento de nossas identidades como povo, grupo ou indivíduos. Ao mesmo tempo nos propõe, para estudos futuros, o repensar sobre a memória do futuro, uma vez que é no presente que realizamos escolhas, mas elas constituem o fio tecido para o que virá.